Foto: Renzo Fedri/O Antagonista
“O artista dinamarquês Jens Haaning ganhou espaço no noticiário por ter entregado duas telas em branco a um museu de arte moderna do seu país”, diz Mario Sabino, em sua coluna na Crusoé.
“O museu lhe havia emprestado notas que totalizavam o equivalente a 70 mil euros, para que reconstituísse uma obra de 2007 que representava um ano de salário médio na Dinamarca e Holanda. Dois dias antes da facts da entrega da encomenda, o artista avisou o museu de que não enviaria o que havia sido acordado. Para surpresa de todos, mandou entregar duas telas em branco, encaixotadas em vidro e intituladas Pegue o Dinheiro e Corra. O diretor do museu decidiu expô-las, por oferecer, nas palavras dele, uma visão bem-humorada de como o trabalho é valorizado atualmente, mas acrescentou que cobrará do artista a devolução das notas, como previsto no contrato. Jens Haaning, por sua vez, afirmou que não acha que tenha roubado o dinheiro. ‘Criei uma obra de arte que provavelmente é 10 ou 100 vezes melhor do que havia sido combinado’, disse o artista. O seu objetivo, explicou, é questionar as estruturas vigentes no mercado de arte.”
“[…] Desse ponto de vista, as telas em branco de Jens Haaning estão inseridas na tradição da arte como crítica histórica, sociológica e também de um artista em relação ao outro. Mas elas são um passo além.”
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